No duelo entre duas das seleções cotadas como favoritas ao título no início da Copa do Mundo 2010, e que nunca haviam ganhado um título mundial, deu Espanha. Os holandeses vão amargar mais um vice-campeonato, o terceiro de sua história. Após 120 minutos de jogo, Andrés Iniesta explodiu a nação rubra em alegria, ao anotar o gol do título no segundo tempo da prorrogação.
O nervosismo de uma final tomou conta não só dos torcedores de ambas as equipes, mas dos atletas em campo. Prova disso foram a grande quantidade de faltas, cartões, e jogadas ríspidas na maior parte do tempo. A Espanha mostrou o mesmo domínio que desenvolveu sobre os adversários ao longo da competição, sempre valorizando a posse de bola e trocando passes à exaustão, até achar uma brecha na defesa laranja, que apostava nas roubadas de bola para encaixar contra-ataques.
A partida foi digna de uma final por dois aspectos principais. Os times se preocupavam essencialmente na marcação do adversário, para depois atacar. Quando a oportunidade real de gol apareceu, tanto para o zagueiro holandês Mathijsen, quanto para o lateral-esquerdo espanhol Capdevila, eles furaram em bola, dentro da pequena área do inimigo.
Entretanto as melhores chances apareceram para a Holanda em duas oportunidades, nos pés do atacante Robben. Nas duas tentativas ele ganhou na corrida da defesa espanhola, mas não teve equilíbrio para marcar, parando nas mãos do goleiro Casillas. E, como prêmio pela paciência e a proposta de buscar o gol incessantemente, a Espanha aproveitou a sua melhor chance com Iniesta, que recebeu na entrada da área e fuzilou o goleiro Stekelenburg, aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação.
A final entre as equipes mostrou a superioridade européia na reta final da Copa. Entre os oito participantes das quartas-de-final, quatro eram sul-americanos. Só restou o Uruguai entre os semifinalistas, terminando na quarta colocação, perdendo para a Alemanha por 3 a 2 na decisão do terceiro lugar. Para os celestes valeu pelo resgate do orgulho e por ter o atacante Fórlan como sendo o craque do Mundial, com 23,4% dos votos.
O atacante alemão Müller recebeu o prêmio de revelação. Quatro jogadores empataram na artilharia, Forlán, Müller, Villa e Snejder, mas como o critério de desempate eram as assistências, Müller também levou esse prêmio para casa. O capitão da Espanha, Seleção escolhida com o prêmio de Fair Play, Iker Casillas, foi eleito o melhor goleiro e teve a honra de erguer a taça, sendo imortalizado na história das Copas.
O Brasil decepcionou por ter ficado no meio do caminho e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, começa a trabalhar nos bastidores para anunciar o novo técnico da Seleção Brasileira. Este terá o desafio de recolocar o país no rumo do título Mundial exatamente no ano em que o Brasil será a sede da Copa do Mundo, em 2014.